Acaba de chegar à praça, como produção brasileira, um interessante trabalho de análise social em música. Trata-se do 'Sociologia do Rock', organizado por Cesar e Gabriel Sausen Feil (Editora Paco). A palavra rock, já nos diz a História da Arte, tem uma longo percurso: presente num poema de Shakespeare, cruzou mares e, como gênero musical, conectou-se a uma 'revolução comportamental'. O livro como um todo é digno de referência; contudo, causo-me boa impressão sobretudo o primeiro capítulo, 'Elementos iniciais para uma sociologia do rock: em busca de um conceito'; o terceiro, 'Dylan, Deleuze e Bukowski: rock, roubo e piano'; o sexto, 'Psicanálise do rock: subjetividade na contemporaneidade'; e o sétimo,'Cantos do trabalho, crítica, rock e post-rock: a música na Itália na parábola política e social'. Claro, neste último caso, há uma apetência pessoal pelo post-rock (a calma e a serenidade do passar dos tempos, poder-se-á ser dito), mas não só - em verdade, esse (sub)gênero não é muito presente por estas paragens, e assim o referido capítulo dá-lhe expressão.
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