Por Diego Montel
Dirigido pelo documentarista chileno Patricio
Guzmán, Nostalgia da luz, que veio a ser lançado em julho de 2010, tem como
cenário fulcral o descomunal deserto do Atacama, o lugar mais seco da terra. O
documentário é, antes de mais nada, uma viagem através do tempo, já que
percorre a arqueologia pré-colombiana, assim como os resquícios da ditadura
Pinochet e da mesma forma mostra o trabalho astronômico.
A obra de Guzmán apresenta uma relação entre o
objeto de estudo dos astrônomos, arqueólogos e historiadores, isto é,
astronomia, arqueologia e história. Essa relação, apesar de apresentar
diferenças - por exemplo, o passado estudado pelos arqueólogos é um passado
mais distante do que o estudado pelos astrônomos -, se dá, certamente, pelo
estudo da história. Porém, há em comum entre eles o fato de todos tirarem
lições do passado e, por intermédio disso, construir um futuro melhor.
No que se diz respeito à ciência astronômica, o
filme apresenta a análise de um cientista que, através de um telescópio
gigante, estuda corpos celestes e, com isso, tenta de alguma maneira entender o
presente e qual foi a bagagem deixada pelo passado. Semelhante a isso,
Nostalgia da luz relata o difícil trabalho dos arqueólogos em encontrarem,
dentro do deserto de Atacama, corpos de habitantes antigos, com o propósito de,
assim como a astronomia e a história, conseguir respostas para o tempo
presente.
Além disso, é importante ressaltar a história
envolvida dentro da obra de Guzmán. De fato, a memória da pós-ditadura Pinochet
ainda habita na mente da população que sofreu com a perde de seus familiares.
Por conseguinte, a narrativa acontece no tempo presente de algo que, mesmo
ultrapassado, continua na mente daqueles que ainda tentam buscar alguma
resolução acerca do que já aconteceu. Assim se dá também a pesquisa de todos
esses pesquisadores, portanto.
É possível afirmar que o documentário é uma competência máxima de Guzmán, excelente para aqueles que anseiam um estudo mais profundo sobre as relações entre arqueologia, astronomia e história.
É possível afirmar que o documentário é uma competência máxima de Guzmán, excelente para aqueles que anseiam um estudo mais profundo sobre as relações entre arqueologia, astronomia e história.
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Fonte: http://obviousmag.org/
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