Uma das piores ignomínias humanas, caro leitor, é a ingratidão. E na política, em determinados momentos, ela passa da falta de virtude. Faz fronteiras com a "esperteza", a falta de coragem, a covardia. Pois bem, é disso que o jornalista Tião Lucena trata no artigo aí abaixo, ao abordar a postura do prefeito de João Pessoa em relação à visita da Presidente Dilma ao estado da Paraíba.
Por Tião Lucena
A presidente Dilma deve estar se
perguntando, lá em Brasília, se João Pessoa é mesmo governada por um prefeito
do PT. No emaranhado de dúvidas que paira sobre a cabeça da presidente, é bem
capaz de estar aquela que diz: “É não. O prefeito do PT é o de Campina Grande”.
E faz sentido.
Veja bem, leitor: a presidente veio à
Paraíba sexta-feira. Desceu do avião em Campina Grande, onde inaugurou casas
construídas pelo Governo Federal, foi recebida pelo governador Ricardo
Coutinho, pelo deputado Luiz Couto, pelo prefeito Romero Rodrigues, mas lá não
apareceu o prefeito de João Pessoa.
Romero Rodrigues, que é tucano, fez um
discurso exaltando a parceria da Prefeitura com o Governo Federal, Ricardo
Coutinho defendeu a legalidade do mandato da presidente, mas nada de aparecer o
prefeito da Capital, o prefeito do PT, aquele que anunciava aos quatro cantos,
quando em campanha, que era o candidato de Lula e de Dilma.
Como desgraça pouca é meio de vida,
quando a presidente aqui chegou o prefeito deu as caras, mas deu pela metade. Fez um discurso pífio, um discursinho de
nada, uma merreca de discurso, discurso de quem é estranho no ninho e jamais
foi aliado da governante homenageada.
A participação do prefeito na visita da
presidente foi tão apagada, tão insignificante e tão omissa que nem o site do PT
o citou nas suas matérias. Citou Coutinho, citou Romero, mas não citou Luciano
Cartaxo.
Brasília está vendo o prefeito fraco
que o PT tem na Paraíba.Está vendo e vai dar o troco.
Não é preciso ser cientista político
para saber que essa omissão, essa fraqueza, essa covardia e esse comportamento
estranho do prefeito se deve a perspectiva que ele tem de fazer aliança com
Cássio Cunha Lima nas eleições de 2016. Logo com Cássio, o algoz de Dilma, o
homem que prega dia e noite e noite e dia a cassação do mandato da presidente.
A ambição do prefeito do PT é tão
grande que ele, para se dar bem, não hesita em jogar na lata de lixo a sua
ideologia petista e a sua fidelidade partidária.
Além de não ligar para o fato de ser
visto como o ingrato que cuspiu no prato que o alimentou.
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Fonte: http://www.blogdotiaolucena.com/
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