Pois bem, anote aí.
Por Marcelo
Vinicius
Um
texto publicado pela agência EFE [agência de notícias espanhola] sobre a velha história da análise crítica entre Literatura
tida como de qualidade e a Literatura tida como de entretenimento, e mais,
auto-ajuda, enfatiza: a leitura de obras clássicas estimula a atividade cerebral e ainda
pode ajudar pessoas com problemas emocionais, diz estudo.
Ler
autores clássicos, como Shakespeare, Fernando Pessoa, William Wordsworth e T.S.
Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que
os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool.
Especialistas
em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a
atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos
clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem
coloquial".
Os
resultados da pesquisa, antecipados pelo jornal britânico "Daily
Telegraph", mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando
o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica
complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de
uso cotidiano.
Esses
estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo,
segundo o estudo, que utilizou textos de autores ingleses como Henry Vaughan,
John Donne, Elizabeth Barrett Browning e Philip Larkin.
Os
especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de
autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas
as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los
desde outra perspectiva.
"A
poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências
acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já
possuímos de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de
apresentar o estudo.
Após
o descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a
atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para
adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens.
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Fonte: http://lounge.obviousmag.org/
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