quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Universidade e educação em questão ou a marcha do imponderável

Mutatis mutandis, o quadro é o seguinte:


1) Em cerca de nove meses do segundo governo Dilma, já vamos com o terceiro Ministro da Educação; possivelmente, pelos fatos de hoje (01/10), também teremos o segundo Ministro de Ciência e Tecnologia. 

2) Projetos de pesquisa aprovados, com cronogramas/calendários a serem cumpridos, enfrentam  restrição monetária e suspensão do repasse de recursos. 

3) "Gênios" assessores da Presidente defendem que as duas históricas agências de fomento do governo federal sejam fundidas, fazendo desaparecer a CAPES e o CNPq, surgindo uma única agência resultado da fusão dessas. 

4) Nas universidades federais, há uma greve que entrou na casa dos quatro meses. Uma greve que, diga-se, só atinge/acarreta prejuízos à graduação. A pós-graduação, os 'projs da vida' e outras atividades (que implicam em gerir recursos e auferir remuneração à parte, extra salário) continuam normalmente. De resto, país a fora, ainda há as anomalias, conforme noticiado pela imprensa, e em muitos casos constatado pelos órgãos de controle, isto é, o desrespeito ao Regime de Trabalho de Dedicação Exclusiva, o exercício de atividades remuneradas em período de liberação para capacitação docente, etc. Mas, fazer o quê? 'O mundo tem dessas coisas tortas', diria José Saramago, com a sua 'viagem do elefante Salomão'. É fácil aceitar que um centímetro no mapa equivale a vinte quilômetros na realidade, mas o que não se costuma pensar é que, individualmente, também se passa uma redução dimensional equivalente. 

Vamos tocando por Pindorama, com um conceito de greve à jabuticaba e com uma 'Pátria Educadora' em "ritmo de inércia". 


Nenhum comentário:

Postar um comentário