Por Ricardo Scarelli
A cena da garotinha síria Adiu Hudea levantando seus braços em sinal de rendição, ao ver uma câmera fotográfica apontada em sua direção e confundi-la com uma arma, tornou-se pública em março deste ano.
Seu gesto, aparentemente tão inocente, na verdade demonstrou uma instintiva sabedoria e uma desconcertante experiência de vida que nosso mundo lhe proporcionou em seus primeiros e breves quatro anos de vida.
Ou, em outras palavras: um motivo de vergonha para a humanidade.
Naturalmente, essa sequência de imagens lúdicas sobre os escombros das guerras ou em ambientes bélicos, não apagará da memória o olhar de Adi Hudea eternizado naquele momento.
Tampouco as cenas – conhecidas ou imaginadas – do horror de tantas outras crianças vitimadas pela nossa estupidez.
Talvez sirva só para confirmarmos como a vida, sempre que possível, insiste em nos dizer como é bela.
Playground em tanque sucateado na Argélia
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Fonte: http://lounge.obviousmag.org/
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