"A reassunção da língua sem rostos-massílios enrola-se na
vetustez dos ergástulos, fendilhando as emboscadas da página mântrica: nestas
golpeaduras desconexas, as longitudes lunares embutidas nos crematórios
instantâneos reconhecem criativamente tudo que reemerge entre os estertores das
vértebras venesianas para reencetar a visão-da-visão-do-restauro-sacro-ilíaco e
da espera-afã prematura: alçar a palavra no inatingível heteromórfico, sendo o
olifante-poema o próprio fora entecortado por si mesmo, pela sua repulsão defronte às
espáduas esfalfadas sem perspectiva justamarcial: apenas são sugeridos
vestígios confessionais de Bosch nos açodamentos das ínfulas debruçadas diante
das antecâmaras das latências suicidas: um GRITO nos bastidores da luxúria das
escarpas animalizantes arranca as águas das trincheiras passeriformes às
leitoras, avisando-as dos prefixos indicativos dos falsários: aqui, a troca de
olhares-de-incensórios fabrica a revelação lúbrica dentro da fome canina de uma
prece inacabável com invisibilidades-insubmissas às prescrições dos halos
cerebrais."
(Luis Serguilha, in Khamsin-Morteratsch, São Paulo: Editora Arte-Livros, 2011).
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