Ora bem, o caro leitor certamente já ouviu falar do Prêmio Nobel, galardão atribuído pela relevância das contribuições em vários ramos do conhecimento/atividade social. Mas, e o Prêmio Ignobel? Talvez não. Pois bem, a ideia nasceu de, digamos, um espirituoso grupo de Havard, para chamar a atenção sobre pesquisas irrelevantes e bizarras - um brasileiro já foi agraciado, por estudar o impacto dos tatus na arqueologia. Aí abaixo está a relação dos ganhadores do Ignobel 2014, com as irrelevâncias e bizarrices que lhes credenciaram a tanto. Se a moda pega em determinados "contextos de pesquisa" Brasil afora, a toada vai longe.
Física
- Concedido a Kiyoshi Mabuchi, Kensei Tanaka, Daichi Uchijima e Rina Sakai
por terem estudado as propriedades de deslizamento de uma casca de banana.
Neurociência - Jiangang Liu, Jun Li, Lu
Feng, Ling Li, Jie Tian e Kang Lee foram laureados por estudar a pareidolia, fenômeno que nos faz reconhecer
padrões quando não existem. Um exemplo? Ver o rosto de Jesus em uma torrada ou
rostos em rochas de Marte.
Psicologia - Peter K. Jonason, Amy Jones
e Minna Lyons descobriram que notívagos, pessoas que se sentem mais ativas
durante a noite, são mais manipuladoras e têm uma tendência maior à psicopatia.
Saúde pública - Os cientistas Jaroslav
Flegr, Jan Havlicek, Jitka Hanusova-Lindova, David Hanauer, Naren Ramakrishnan
e Lisa Seyfried foram premiados por avaliar se ter um gato poderia
causar danos à saúde mental das pessoas.
Biologia - Vlastimil Hart, Petra
Novakova, Erich Pascal Malkemper, Sabine Begall, Vladimir Hanzal, Milos Jezek,
Tomas Kusta, Veronika Nemcova, Jana Adamkova, Katerina Benediktova, Jaroslav
Cerveny e Hynek Burda (sim, toda essa galera) foram premiados por descobrir
que, na hora de fazer o número dois, cães alinham seus corpos
de acordo com o campo magnético da Terra.
Arte - Marina de Tommaso, Michele
Sardaro e Paolo Livrea apontaram um laser para a mão de pessoas olhando para
pinturas - a ideia era medir se a quantidade de dor que elas sentem durante
esse processo era alterada caso a "arte" fosse bonita, neutra ou
feia.
Economia - O prêmio foi concedido
ao Instituto Nacional de Estatística da Itália que, para cumprir a
determinação da União Europeia de aumentar sua receita nacional, incluiu dados
de prostituição, contrabando, venda de drogas e
outras atividades ilícitas do país, em sua receita.
Medicina - Ian Humphreys, Sonal Saraiya,
Walter Belenky e James Dworkin foram premiados por tratar hemorragias com
tiras de carne de porco.
Ciência Ártica - Eigil Reimers e Sindre
Eftestol levaram o prêmio por estudarem comorenas reagiam a humanos
fantasiados de urso polar.
Nutrição - Raquel Rubio, Anna Jofra,
Belen Martin, Teresa Aymerich e Margarita Garriga colocaram bactérias vindas de fezes de bebês em alimentos. A
ideia era estudar o potencial probiótico desses organismos.
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