Existencialismo-Romantismo-Surrealismo... venho de longe com isso. Ou o Surrealismo como síntese. Por quê? Com Michael Löwy, aí abaixo, uma das formas de responder.
Löwy: Caminhos do Surrealismo |
"O surrealismo não é, nunca
foi e nunca será uma [mera] escola literária ou um grupo de artistas, mas propriamente
um movimento de revolta do espírito e uma tentativa eminentemente subversiva de
re-encantamento do mundo, isto é, de restabelecer, no coração da vida humana,
os momentos ‘encantados’ apagados pela sociedade burguesa: a poesia, a paixão,
o amor-louco, a imaginação, a magia, o mito, o maravilhoso, o sonho, a revolta,
a utopia. Ou, se assim o quisermos, um processo contra a racionalidade ilimitada, o espírito mercantilista, a lógica mesquinha, o
realismo rasteiro de nossa sociedade capitalista-industrial, e a aspiração
utópica e revolucionária de ‘mudar a vida’. É uma aventura ao mesmo tempo
intelectual e passional, política e mágica, poética e onírica, que começou em
1924 mas que está longe de ter dito suas últimas palavras."
Ou ainda, segundo o próprio Löwy: "[...] o surrealismo é o martelo encantado que nos permite romper as grades para ter acesso à liberdade."
ResponderExcluirA estrela da manhã, o cometa ainda reluz.
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