terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A invenção do Brasil e 'o mundo que o português criou'

Nos seus escritos sobre luso-tropicalismo, o historiador-sociólogo-antropólogo pernambucano Gilberto Freyre empregou a expressão 'o mundo que o português que criou'. Chegou a ser incompreendido, sobretudo deste lado de cá do Atlântico. Adiante, muito adiante mesmo, quando Darcy Ribeiro produziu o seu 'O Povo Brasileiro', relembrando teses gilbertianas, alguns de seus críticos fizeram inversão de marcha - 'deram a mão à palmatória'. Se é fato que talvez exista algum excesso no texto de Darcy, deve-se considerar, por outro lado, o contexto em que ele foi produzido: à beira da morte por câncer, o autor fugiu do hospital para terminar o livro antes de falecer. Falando da 'aventura que foi a invenção do Brasil' (sem negar o choque de culturas), chegou a dizer que a criação ibérico-lusitana na America do Sul era uma espécie de 'Nova Roma', com 'face morena' (aqui: https://youtu.be/JMlYQzZf3DQ). Num artigo de já um bom tempo (da meia curva dos albores da juventude), publicado nos Estados Unidos, passei em revista a abordagem do 'mundo que o português criou' (uma síntese dele está aqui: http://ivonaldo-leite.blogspot.com.br/2012/02/gilberto-freyre-e-o-mundo-que-o.html). Observando-se a criativa montagem da construção temporal do mapa do Brasil, aí abaixo, tem-se uma noção da 'aventura' que foi a 'invenção' do país. 


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