Diz a neurociência, como posta por António Damásio, que é trabalho perdido tentar fugir da memória, como instância de registro do que aconteceu. Daí que, do ponto de vista psicanalítico, o que resulta da tentativa de fuga tem um destino um tanto inglório: na espreita, livrando-se da repressão, o que se buscou definitivamente esquecer regressa assim que tenha oportunidade, de formas diversas, como que a forçar a entrada por uma janela de lembranças (já que a porta principal foi fechada). Isso nas mais diversas esferas da vida. A memória da casa que se habitou na terna idade, da cidade em que se viveu, da primeira escola que se frequentou, etc., constitui um dos marcos basilares da memória na construção identitária. Devemos a Ecléa Bosi, no Brasil, um trabalho paradigmático sobre memória, com foco em pessoas idosas - o clássico 'Memória e Sociedade: Lembranças de Velhos'. Está entre os trabalhos que dignificam as ciências humanas brasileiras. Segue aí abaixo um texto significante a seu respeito. As fotos que ilustram esta postagem são da cidade de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, onde podem ser encontradas temperaturas mais amenas neste verão quente que vivemos.
Por Paulo Salles de Oliveira (USP)
De todos os livros que já li em ciências humanas, Memória e Sociedade, de Ecléa
Bosi, foi o que mais me impressionou e tocou. É uma obra que supera em muito os
limites da Psicologia Social e se coloca com destaque na literatura das
humanidades. Creio que este texto inaugura uma nova proposta metodológica,
alinhavando teoria e empirismo a cada momento de sua reflexão, nunca
dissociando uma da outra. Acredito, também, que propõe um novo modo de fazer
ciência, em que a escrita poética se faz presente e em que o
sujeito-pesquisador e o objeto do conhecimento, as pessoas pesquisadas, se
alternam mutuamente na difícil tarefa de produção do saber. Deste trabalho, se
delineia entre ambos um destino comum, buscando superar a assimetria que
costuma rondar as relações entre pesquisador e sujeitos pesquisados. O profundo
respeito que Ecléa tem pela figura do outro a move no sentido de promovê-lo e
nunca de utilizá-lo em seu próprio proveito. Mais ainda: esse outro, a quem a
autora se dedica, é sempre uma personagem deixada para trás nas representações
dominantes da sociedade, seja a operária com suas leituras seja o velho
fragilizado, por quem – como ela diz – nós é que temos que lutar.
O livro, editado pela primeira vez em 1979, surgiu de tese de
livre-docência e traz uma singular reflexão feita a partir de entrevistas
aprofundadas com oito pessoas idosas, maiores de setenta anos, que viveram
desde a infância na cidade de São Paulo. A história da cidade é revisitada
através da memória social de sujeitos que participaram de sua construção. Até
aquele momento – falamos da segunda metade dos anos setenta – suas vozes e suas
presenças estavam como que amortecidas. Sabíamos de São Paulo apenas através do
que dizia a historiografia, em suas múltiplas versões. Nenhuma delas, porém,
havia se dado conta até então da expressividade narrativa dos velhos. Com Memória e Sociedade ficamos conhecendo o que outros livros
não contam. Não se espere, porém, uma história linear ou mesmo ausência de
contradições entre aquilo que é narrado por estas pessoas e os registros
históricos. E tampouco se deve supor da parte da autora uma postura de
exterioridade em relação à trama dos acontecimentos. Bem ao contrário. Afirma
ela com todas as letras que:
Não me cabe aqui interpretar as contradições ideológicas dos
sujeitos que participaram da cena pública. Já se disse que “paradoxo” é o nome
que damos à ignorância das causas mais profundas das atitudes humanas....
Explicar essas múltiplas combinações (paulistismo de tradição mais ademarismo;
ou tententismo mais paulistismo mais comunismo; ou integralismo mais getulismo
mais socialismo) é tarefa reservada a nossos cientistas políticos, que já devem
ter-se adestrado a estes malabarismos. O que me chama a atenção é o modo pelo
qual o sujeito vai misturando na sua narrativa memorialista a marcação pessoal
dos fatos com a estilização de pessoas e situações e, aqui e ali, a crítica da
própria ideologia. (Bosi, 1994, pp. 458-459)
O
texto é denso teoricamente e, ao mesmo tempo, sensível, fluente, poético. Não
tem nada da rigidez de esquemas explicativos que esquematizam o real e desafiam
a paciência e a atenção do leitor na tarefa de compreender aquilo que nem mesmo
parece claro para o autor daquelas linhas. Em Memória
e Sociedade, nota-se como Ecléa vai se desapegando de si, aproximando-se
com suavidade do outro e entregando-se de corpo e alma ao drama vivido pelas
pessoas a quem pesquisa. Deste modo, não só estuda mas vive os problemas e se compromete
radicalmente a selar para com esta gente uma comunidade de destino, isto é,
viver a condição dos sujeitos pesquisados sem possibilidade de retorno à
situação anterior.
“Nesta
pesquisa” – diz ela - “fomos ao mesmo tempo sujeito e objeto. Sujeito enquanto
indagávamos, procurávamos saber. Objeto enquanto ouvíamos, registrávamos, sendo
como que um instrumento de receber e transmitir suas lembranças” (p. 38)
A
interação em profundidade com as pessoas estudadas faz lembrar o saudoso
sociólogo Oswaldo Elias Xidieh. Ambos, Ecléa e Xidieh, são cultores da
paciência e esperam o momento adequado em que os sujeitos se sintam livres e à
vontade para abrir seu coração na forma de depoimentos. É preciso dar tempo ao
tempo para que se formem vínculos de amizade entre a pesquisadora e os
pesquisados e é nesta convivência, ombro a ombro, olhos nos olhos, que ao longo
dos anos podem juntos construir uma rede solidária de confiança mútua. Neste
momento, percebe-se como a autora pôde realizar a alternância da condição entre
sujeito e objeto: passa ela, a pesquisadora, a ser objeto e deixa a seus
depoentes o lugar de sujeitos. O cultivo da simpatia pelas pessoas estudadas
permite à Ecléa distinguir o momento propício em que estas pessoas estão
predispostas a falar livremente. Desconheço outro livro que tão bem promova as
qualidades dos seres humanos que focaliza, sem, porém, idealizá-los. Ecléa não
deixa de exteriorizar sua crítica, contudo o faz num nível de elegância
incomum: expressa sua divergência, coloca sua ressalva sem desqualificar as
pessoas; ao contrário, busca compreender as razões que as levaram a tais
convicções ou atitudes. Um exemplo está no comentário que a autora faz sobre as
confusões entre datas e fatos narrados. Ecléa assim se expressa:
Às vezes há deslizes na localização temporal de um
acontecimento... Falhas de cronologia se dão também com
acontecimentos extraordinários da infância e da juventude... Linhas adiante,
lembra em acréscimo que “uns e outros sofrem um processo de desfiguração, pois
a memória grupal é feita de memórias individuais.” (p. 419, grifos nossos)
Já
em outro caso, ao comentar um suposto alheamento de d. Alice, uma das
entrevistadas, em relação às questões sociais, a autora menciona que:
tratando da memória política de d. Alice tive de dizer, páginas atrás
que d. Alice não se refere a fatos políticos. Convém precisar a afirmação: a
Revolução de 24 e as manobras de Isidoro e seus tenentes acordam nela apenas a
lembrança de uma situação aflitiva, em que o pior de tudo é o desenraizamento,
a urgência de abandonar casa e pertences. (p. 465, grifo nosso)
Assim
não se trata de idealização, ou seja, de supor qualidades que só a pesquisadora
enxerga nos sujeitos que estuda. O que Ecléa se esmera em criar, isso sim, é
uma atmosfera calorosa e o ensejo para que estas pessoas possam expressar o
melhor de si mesmas.
Seria
interessante destacar que tudo que estou dizendo não se resume meramente a
opinião pessoal. Bem antes de mim, muitos outros já expressaram publicamente o
brilho invulgar deste texto. Cabe exemplificar, citando apenas alguns
comentários, entre os mais notáveis. Octavio Ianni, da sociologia, encontrou no
livro “uma linda lição de vida”. Paulo Sérgio Pinheiro, cientista político,
apontou que “a história social de São Paulo saltou léguas com este mergulho
magistral... o livro é um manancial de ensinamentos sobre a participação
política e o mundo do trabalho no Brasil”. Para Flávio Rangel, teatrólogo, “a
autora inaugurou a sociologia da emoção: seu livro tem momentos de pura poesia,
e todo ele é uma rara sensibilidade em relação aos seres humanos sobre os quais
se debruça... a gente lê como se fosse um romance, como se estivesse ouvindo
uma cantiga de roda, aprendendo intensamente com seus personagens, que não se
pode deixar de amar”. O escritor Lourenço Diaféria assegurou que “como mero
palmilhador de esquinas e observador dos becos sem saída da cidade, emergi da
leitura (de Memória e
Sociedade) com a sensação de que conheço melhor a atmosfera de São Paulo e
descobri insuspeitadas fímbrias da alma de suas criaturas”. Outro escritor,
Pedro Nava, confessou que “lendo seu livro ganhei mais estímulo para continuar
a escrever minhas lembranças de um mundo perdido”. E, além desses todos, Carlos
Drummond de Andrade revelou que “o livro me toca por muitas razões, a principal
delas é que o tema envolve uma carga enorme de poesia. E é o meu tempo que aí
se lembra, de uma perspectiva de São Paulo.” (Bosi, 1994, capa do livro)
Mas, Memória e Sociedade não apenas atravessou fronteiras das
áreas científicas. Cruzou também o oceano e venceu barreiras geográficas. Bem à
feição psicológica, questionou estereótipos, fazendo-nos rever a idéia de que o
melhor ou mais avançado viria sempre de fora, usualmente da Europa ou dos
Estados Unidos. Vou mencionar apenas dois exemplos. Um deles se refere ao
sociólogo Pierre Bourdieu, que em seus cursos na Sorbonne, em Paris, propunha
capítulos de Memória e Sociedade para leitura e debate com seus alunos de
pós-graduação, nos seminários que organizava. O outro, remete ao psicólogo Karl
Scheibe, da Universidade Wesleyan, Connecticutt, nos Estados Unidos. Em um de
seus livros, chamado Estudos
do Self (Self Studies), editado em Londres no ano de 1995, saúda em Memória e Sociedade o encontro milagroso entre idosos solitários,
à espera da doença ou da hora extrema, e uma pesquisadora, que irá se tornar
para eles amiga verdadeira. É uma psicóloga diferente, que não vai para os
encontros carregando categorias pré-concebidas ou teorias pesadas, nas quais as
narrativas teriam que se encaixar.
Teoricamente
falando, o trabalho está ancorado em autores clássicos. Mais ainda: ao que me é
dado alcançar, o esforço de conceituação de memória feito pela autora vai
alinhavando de modo singular fontes nunca antes aproximadas: Bergson,
Halbwachs, Bartlett e Stern. Aí reside outra dimensão de sua originalidade.
Em
Bergson, a memória é o esforço por fazer vir à superfície o que estava imerso e
oculto, movimento este que restringe o campo de indeterminação e dúvida do
sujeito, levando-o a retomar práticas consagradas, que anteriormente tinham
sido bem sucedidas. A memória brota do embate entre subjetividade do espírito e
exterioridade da matéria, que, por sua vez, se apresenta como obstáculo à
emergência desta lembrança.
Halbwachs,
na esteira de Durkheim, não se refere à memória em si, mas aos quadros sociais
em que ela é produzida. A memória não é, para ele, fruto do sonho, mas do
trabalho de refazer, com idéias atuais, as experiências do pretérito. Não se
trata de reviver o passado tal qual ele pudesse ter sido realizado, mas de um
esforço de reconstrução deste passado diante de nossas atuais possibilidades.
Ninguém melhor que o velho, diria Halbwachs, para exercer a função social de
lembrar.
Bartlett,
por sua vez, parte da idéia de convencionalização, estipulada por Rivers, ou
seja, o processo através do qual idéias e imagens vindas de fora se ajustam e
são assimiladas por um dado grupo social. O que Bartlett e Halbwachs procuram,
explica Ecléa, é “fixar a pertinência dos quadros sociais, das instituições e
das redes de convenção verbal no processo que conduz à lembrança” (Bosi, 1994,
p. 64). Para Bartlett, existe uma continuidade entre a mais simples forma de
assimilação, transportada de um grupo a outro e aceita por este, até a criação social
de novos elementos simbólicos. Dirá ele: “fica o que significa”, embora o que
fique às vezes apareça bastante preservado e outras vezes, enormemente
modificado.
O
movimento pelo qual se constrói a memória remete, portanto, a múltiplos
caminhos: aos meandros insondáveis da liberdade de um espírito que se defronta
com a matéria (memória-sonho), aos quadros sociais que a situam e delimitam
(memória-trabalho) e às mediações por que passa ao longo do tempo. Eis aí a
razão pela qual o psicólogo William Stern, pontua que a “a lembrança é a
história da pessoa e seu mundo, enquanto
vivenciada” (1957, citado por Bosi, 1994, p. 68, grifo do autor).
Se
a construção do debate teórico é singular, o mesmo se pode dizer quanto ao modo
de tratar os depoimentos. Aqui, vale uma vez mais recorrer ao texto de Scheibe.
Afirma ele que é comum em Psicologia estudos em que “as identidades reais
aparecem ocultas por nomes fictícios, (além do que) nada do que o paciente diz
é tido como de valor cristalino e (finalmente) o sentido ou a verdade da
história somente se revela sob a interpretação dada pelo doutor”. Eis que,
então, escreve Scheibe, Ecléa “apresenta o raro espetáculo no qual a psicóloga
simplesmente se entrega ao material que colheu de um modo especial: não o
submete a si, de maneira alguma; em vez disso, o investe da mais elevada
dignidade humana” (Scheibe, 1995, p. 140, tradução nossa).
Torna-se,
assim, mais nítido o contraponto entre esta possibilidade de construir o
conhecimento e as formas consagradas de lidar com a produção científica,
fazendo-nos ver
como é ilusória a figura de um sujeito do conhecimento neutro, que
observa “de fora” os fenômenos na suposição de apreendê-los por inteiro para,
ao final, construir sobre eles uma imagem definitiva. Determinar completamente
o objeto simbolizaria o poder arbitrário do sujeito do conhecimento, mas também
a morte do objeto, daí a ilusão que recobre tais práticas. (Oliveira, 1999, p.
58)
João
Alexandre Barbosa, das Letras, discorda da modéstia com que a autora se refere
ao fato de que apenas “colheu memórias de velhos”. Diz ele: “não somente
colheu, mas deu existência a estas memórias” (Barbosa, 1994, p.
12). Realmente, lendo a fala de cada um dos entrevistados, há diversas
passagens que lhe dão razão. Os idosos narram coisas que jamais suporiam contar
a outrem e, desta maneira, trazem referências importantes para todos nós,
especialmente os de outras gerações.
Nas
lembranças de d. Alice, costureira desde menina, ela própria faz questão de
dizer em mais de uma passagem que conta a Ecléa o que não contou a ninguém, nem
mesmo ao padre no confessionário. Em outro momento, fica ainda mais nítido o
profundo carinho que aquela senhora nutria pela autora:
“Contando
pra você os pedaços difíceis, aquela luta, parece que estou contando para uma
pessoa muito querida. Conto com todo prazer”. Mais adiante, a própria d. Alice
se surpreende: “Quem diria que eu iria abrir o livro da minha vida e contar
tudo? E agradeço por isso: é bom a gente lembrar” (Bosi, 1994, pp. 113, 123).
Nas
recordações do sr. Amadeu, que trabalhou com estamparias e gravuras, outra
particularidade vem à tona. Ele vê nas entrevistas uma oportunidade para
aconselhar. Começa, recatadamente, com um conselho ao mesmo tempo simples e
aparentemente difícil de ser seguido nos dias de hoje. Diz ele que: “Aquilo que
eu fiz na vida não foi grande coisa. Se estivesse na minha competência, eu
daria um conselho aos jovens: para levar uma vida honesta, uma vida de amor”
(p. 152).
Mais
adiante, entretanto, suas palavras remetem a ensinamentos de tolerância para
com os outros. Encontra na prática do trabalho um arrimo para superar
estereótipos e preconceitos e deixa aos leitores uma bela lição de psicologia
social. Não é a toa que tenha sido escolhido para encerrar o livro.
“Os
velhos de hoje” – afirma o sr. Amadeu – “foram os moços de ontem. Devem
procurar ainda fazer alguma coisa na vida.... Há os que partiram para o jogo e
a bebida e ficaram por aí abandonados. Mas, eu acho que deveríamos olhar até
para esses velhos. Eles também trabalharam” (p. 152).
Que
dizer, então, do sr. Antonio, que chegou a atuar em óperas e trabalhou como
ourives e sanitarista? Reservado, confessou não ser “destes de contar o que
aconteceu. Nem pros meus filhos nem pros meus netos. Há um hiato muito grande
entre mim e eles”. Pois bem, este hiato se desfez com Ecléa, para quem contou
muitas coisas, como “o valor que dá às coisas mais comezinhas, às coisas mais
simples: o olhar de uma criança, essas coisas de casa, de todo dia. É preciso
amar o que está perto, o resto é tudo vaidade” (pp. 259-260).
Este
voltar-se para os fatos do cotidiano, que estão bem próximos de nós, assim como
a atenção para com as pessoas simples, algumas relegadas socialmente, como os
velhos que o livro apresenta, nos levam a pensar numa psicologia social com
inspiração em Benjamin, trabalhando com fragmentos, nas franjas do tecido
social, valorizando uma percepção da condição dos indivíduos e, ao mesmo tempo,
visualizando-os num quadro mais amplo.
A
atenção ao que ocorre no dia-a-dia sugere, igualmente, que formulemos a
conclusão na forma de interrogação, que, por sinal, está posta logo no início
do segundo capítulo, “Tempo de Lembrar”:
O que poderá mudar enquanto a criança escuta na sala discursos
igualitários e observa na cozinha o sacrifício constante dos empregados? A
verdadeira mudança dá-se a perceber no interior, no concreto, no cotidiano, no
miúdo; os abalos exteriores não modificam o essencial. (p. 73)
Memória
e Sociedade,
em sua décima terceira edição no ano de 2006 e após várias re-impressões, é
reconhecidamente um clássico das ciências humanas. Felizmente foi incluído pelo
Ministério da Educação entre as Cem
Obras sobre o Brasil, constituindo acervo que deve integrar as bibliotecas
das escolas públicas e a biblioteca do professor. É um livro para ler e reler,
várias vezes. Difícil será não se emocionar e não se surpreender porque há ali
sempre algo a descobrir. É bem como dizia Calvino (1993): “um clássico é um
livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para ser dito” (p. 12).
Referências
Barbosa,
J. A. (1994). Uma psicologia do oprimido. In E. Bosi, Memória e sociedade: lembranças de
velhos (3a ed., pp. 11-15).
São Paulo: Companhia das Letras.
[ Links ]
Bosi,
E. (1994). Memória e
sociedade: lembranças de velhos (3a
ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
[ Links ]
Calvino,
Í. (1993). Por que ler os
clássicos (N. Moulin, trad.).
São Paulo: Cia das Letras.
[ Links ]
Oliveira,
P. S. (1999). Vidas
compartilhadas. Cultura e co-educação de gerações na vida cotidiana. São
Paulo: Hucitec. [ Links ]
Scheibe, K. E. (1995). Self sutdies. The psychology of
self and identity. London: Praeger.
[ Links ]
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Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642008000100008. Título original: "Memória e sociedade": ciência poética e referência de humanismo