sexta-feira, 10 de junho de 2016

Sentir como quem olha, pensar como quem anda

A 'roda viva' cotidiana ou Pessoa. O ordinário e as surpresas de cada dia. A serenidade a mirar o horizonte. Com calma caminhar. Para onde tiver que ser. 



Fernando Pessoa (Alberto Caeiro) 

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
-Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E quando haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...

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