Do que aí abaixo vai, é de Leont Etiel, repassado por
e-mail. Calha com o meu sentimento cotidiano de ver o mar no “condado” de Cabo
Branco, em João Pessoa.
Por Leont Etiel
Foi Vergílio Ferreira quem falou: "Sento-me aqui nesta sala vazia e relembro. Uma
lua quente de verão entra pela varanda, ilumina uma jarra de flores, e escuto o
indício de um rumor de vida, o sinal obscuro de uma memória de origens. (...)
Tento, há tantos anos, vencer a dureza dos dias, das ideias solidificadas, a
espessura dos hábitos, que me constrange e tranquiliza. Tento descobrir a face
última das coisas.” Assim é. E nestes tempos conturbados, o mar diz de
um segredo da vida que vai para além das aparências. Tanto mar a navegar, tanto
mar. Num dia despretensioso, numa manhã, numa tarde, numa noite, em momentos,
encontra-se o existir que diz a existência. O atlântico oceano que luso mar é, a
companhia dos românticos solitários e surrealistas. Quilhas e águas de
mistério. Ondas com e sem superfícies. Da varanda. Do mar a navegar.
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