segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tindersticks: cults do rock, soul, jazz... e melancolia em excesso?

Tomei contacto com os Tindersticks, há já algum tempo, e desde logo passei a apreciar a banda inglesa. Cults do rock, soul, jazz... e melancolia em excesso? A ver. Abaixo um realce no histórico da banda e uma 'toccata' sua.


TINDERSTICKS  (Fonte: http://www.cultseraridades.com


Tindersticks são uma das bandas mais emblemáticas e “cults” do rock, e contam com milhares de fanáticos fãs em todo o mundo (principalmente no Reino Unido e no continente europeu). Formada em Nottingham (Inglaterra) em 1991, tem como características básicas a voz personalissima, anasalada e de barítono de Stuart Staples, emoldurada por uma orquestra de fundo extremamente luxuosa, basicamente soul e jazzy, que tem como principal artífice o arranjador, pianista e violinista Dickon Hinchliffe, e 4 outros componentes responsáveis pelos vários e sofisticados instrumentos que povoam os discos do grupo.

Os primeiros dois álbuns, de 1993 e de 1995 respectivamente, levavam apenas o nome do grupo e tiveram imenso sucesso de crítica e boa receptividade de público o que os levou a encenar várias apresentações ao vivo, quase sempre acompanhados por uma orquestra completa; são estes dois discos que fornecem o material para este CD duplo, intitulado “The BBC Sessions” e que registram gravações ao vivo entre 1993-1997 e quase todo ele apresentando apenas composições próprias (à exceção de “Here”, uma cover à altura do original do Pavement), presumivelmente selecionadas entre as melhores composições do grupo ( algo um tanto complicado, pois, em geral, cada fã do Tindersticks tem sua própria favorita).”Her”, “She’s Gone”, “Tiny Tears” (que foi usada na trilha de um episódio dos “Sopranos"), “El Diablo En el Ojo”, “Travelling Light” e "Buried Bones" vão desfilando cinematograficamente e insuflando potes de desespero e melancolia em quem as escuta. As gravações ao vivo têm diferenças minimalistas para as originais de estúdio, o que até se torna compreensível pois quem os conhece sequer se atreve a imaginar que o grupo possa soar diferente. De fato, seu estilo é tão característico, que os torna identificáveis a quilômetros de distância, e esse pode ser o motivo pelo qual alguns críticos e detratores os acusam de ser tediosos e monocromáticos em excesso... é possível, mas isso é provavelmente algo que com a mesmíssima má vontade, pode ser dito de toda a produção Lo-Fi.

Ignore tais comentários e, caso não conheça o trabalho do grupo, aproveite o lançamento desta compilação para se familiarizar com o som de uma das mais originais e cultuadas bandas do Indie Lo-Fi, . Para os admiradores (que provavelmente já compraram o disco há muito tempo), servirá como aperitivo para o aguardado lançamento de um novo disco de Stuart Staples (provavelmente com o nome Tindersticks) que iniciou em 2005 uma carreira solo, até certo ponto previsível.


                                                                               

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