Abordando sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas, a ciência social contemporânea, através de Anthony Giddens, já pôs em realce a chamada sexualidade plástica, ou seja, a sexualidade liberada da sua intrínseca ligação com a reprodução. Trata-se de um campo de estudos que, mutatis mutandis, pode ser denominado de uma sociologia das relações amorosas. Seja como for, o fato que é a ciência social contemporânea, nas pegadas dos clássicos sobre história da sexualidade, tem avançado significativamente na temática das relações amorosas e suas variáveis. Neste sentido, como questão recente, temos abordagens sobre o namorar e o ficar. Como as análises têm definido o ficar? De modo geral, a tinta que corre da análise social diz que o ficar é marcado pela ausência de compromisso, de limites e de regras estabelecidas. C'est dire, o que pode e o que não pode é delineado no preciso momento em que o relacionamento acontece. Já vai longe, portanto, a primazia do enfoque sociológico clássico a respeito da família como grupo e instituição social... O ficar inscreve-se no paradigma da contemporaneidade que privilegia a compressão do tempo. Conecta-se com outras subjetivações produzidas nas sociedades contemporâneas. Quer saber mais? Então leia o artigo de José Sterza Justo (UNESP) sobre o assunto, aqui: http://www.scielo.br/pdf/rdpsi/v17n1/v17n1a05.pdf
Reprodução Proibida, quadro do pintor surrealista René Magritte: subjetividades em jogo
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