Por Leont Etiel
Pode-se não concordar com
a descida dos corações à terra dura, mas assim o é desde que o mundo é mundo.
Seguem pelo desconhecido, os sábios e os belos. O que é importante, resta por
ser o que deve ser retido. O corpo que anseia; a alma que acalma. A suposta
beleza, vulgar, da aparência exibida pela exposição corporal; a beleza de alma,
de pensamento. O vazio que é a existência apenas da primeira.
Agostinho de Hipona sabia
das coisas. Afinal, como ele diz, a indigência, sobretudo mental, encarrega-se
de se (auto)nivelar à infelicidade. A
sabedoria, contudo, não concede abrigo à indigência, visto que ela é alma, onde
se encontra a vida feliz, e assim não sofre de indigência. O sábio não teme as
mortes do corpo, nem as dores que não pode suprimir ou adiar. Ele evita a morte e a dor, na medida em que
for possível ou conveniente, mas se de nenhum modo as evitar, não será infeliz
por aquilo que acontece.
Nenhum comentário:
Postar um comentário