quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Questão de segurança: crime, 'garras da lei' e bom senso

Há já algum tempo, a análise social tem feito incursões no 'mundo do crime', com interpretações bastante originais. No Brasil, por exemplo, o meu amigo Edmilson Lopes Júnior (UFRN),  lançando mão da sua aguda verve sociológica, tem desenvolvido marcantes abordagens a respeito, sendo uma referência nesse sentido o seu trabalho sobre as redes sociais do crime organizado, publicado pela Revista Brasileira de Ciências Sociais (disponível aqui: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092009000100004&script=sci_abstract&tlng=pt). A hipótese aí operacionalizada é sugestiva, qual seja: a melhor apreensão do crime é aquela que o tome como um processo situado em um continuum que vai da atividade legal até o evento delituoso. Para bom entendedor, 'meia palavra basta'. Ora bem, nos últimos tempos, tenho feito investigações similares, tendo em conta designadamente a questão das drogas (ilícitas), para então tratar da problemática no contexto educacional. Por esses dias, sistematizando dados empíricos e informações bibliográficas, fechei um paper a ser publicado na próxima edição da Revista Espaço Acadêmico/Paraná. Pode muito bem situar-se numa compreensão que apreende a questão da segurança localizando o delito entre as 'garras da lei' e o bom senso. Pelo trabalho produzido, deixo registrado o meu agradecimento às bolsistas, na UFPB, que atuaram no desenvolvimento da pesquisa; a colegas da UFPE (onde, quando nela trabalhava, inclinei-me à referida temática); e aos amigáveis contactos no setor de segurança pública/polícia civil de Pernambuco, pela solicitude para com as minhas demandas. 

Sociologia do crime, de Philippe Robert: relações sociais e delito 






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