O que fazer quando os dispositivos tecnológicos deixam de ser utilizados como canais de socialização, e passam a ser usados para invadir, sob a abjeto manto do anonimato, a privacidade pessoal com todo tipo de disparate? Não hesite, acione os meios de segurança especializados no combate aos crimes digitais. E, no curto, médio ou mesmo longo prazo, a verdade será descoberta, tendo-se então condições para se realizar a implacável punição. O universo proporcionado pela Revolução da Tecnologia da Informação não pode se transformar em terreno de criminosos e criminosas, afrontando à ética cidadã. E os meios de investigação e apuração de crimes digitais estão cada vez mais ágeis no Brasil, conforme atesta a reportagem abaixo.
A empresa americana Access Data apresenta no Brasil o ADLab, uma única plataforma de investigação digital que permite a análise de vários computadores por múltiplos investigadores, simultaneamente. Novidade é apresentada e revendida no Brasil pela TechBiz Forense Digital.
Em 2009, o Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro recebeu seis sacolas, contendo cem Discos Rígidos cada, e mais 50 computadores para serem periciados por solicitação do Ministério Público. O trabalho, que levaria meses para ser concluído, hoje pode ser feito em poucos dias com a novidade que a empresa norte-americana Access Data traz para o encontro realizado pela TechBiz Forense Digital em Belo Horizonte, de 25 a 29 de janeiro. O ADLab é uma versão para laboratório do software FTK (Forensic Toolkit), que realiza análises, quebra de senhas, decriptação e visualização de registros em máquinas suspeitas e que agora também apresenta inovações: o processamento distribuído e a colaboração em rede.
“Essa nova solução da Access Data é um verdadeiro laboratório de forense computacional que permite reunir dez ou mais pessoas para trabalhar ao mesmo tempo em um único caso e investigar simultaneamente cem ou 500 máquinas apreendidas em uma mesma operação”, explica Sandro Suffert, consultor da TechBiz Forense Digital.
Ou seja, uma única plataforma, o ADLab, permite que múltiplos analistas investiguem terabytes de dados adquiridos de vários computadores simultaneamente. “Enquanto os peritos utilizam o software para investigar tecnicamente o caso e extrair informações normalmente inacessíveis utilizando técnicas avançadas de computação forense, o delegado pode revisar alguns dados levantados e o Ministério Público pode ter acesso somente às informações que são relevantes”, exemplifica Suffert.
A ferramenta gerencia o processo investigativo e permite que profissionais de diferentes instâncias colaborem no processo, inclusive com bookmarks e tags compartilhados. Outra vantagem é que o software permite um controle granular de permissão de acesso às informações – um mecanismo fundamental de segurança que limita os dados disponíveis para cada área ou usuário particular. Tudo isso sem comprometer a agilidade, pois, embora o processamento seja distribuído em múltiplos computadores, o ADLab possui uma base de dados Oracle centralizada, o que melhora significativamente a performance durante os vários processamentos necessários que são comuns em casos complexos. E através da interface web – outra novidade do produto – é possível disponibilizar acesso remoto a revisões e relatórios parciais sobre o andamento da investigação – aumentando significantemente o nível de interação entre as partes envolvidas.
Quatro em um
Em relação ao software FTK, a Access Data também apresenta no evento de Belo Horizonte a novidade da versão 3.0.4, em que uma única licença é capaz de distribuir o processamento em até quatro máquinas. “Um computador pode processar só email, outro vai fazer indexação, outro procurar e recuperar arquivos apagados…”, sugere Suffert.
Para a TechBiz Forense Digital, que revende os produtos da Access Data no Brasil, os lançamentos vêm de encontro às necessidades de seus clientes, sobretudo os envolvidos com complexas investigações, como Polícias, Órgãos Públicos e grandes empresas privadas.
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