Tenho sustentado que a análise social tem consideráveis ferramentas teórico-metodológicas para a abordagem da chamada 'sociedade em rede', colocando racionalidade onde pulula impressionismo. Claro, trata-se de uma démarche que requer criatividade teórica e disciplina intelectual, recorrendo-se, por vezes, também, a incursões metodológicas pouco habituais. O trabalho que aí abaixo reproduzo é um exemplo do esforço de se captar as novas configurações da sociabilidade em rede. O seu título original é 'Emoção e sociabilidade em rede: uma pequena introdução sobre a sedução dos sentimentos no Facebook', e a autoria é dos professores Jonatas Ferreira (UFPE) e Cristina Petersen Cypriano (PUC Minas).
Jonatas Ferreira[1]
Cristina Petersen Cypriano[2]
A capacidade de
mobilização e de articulação social e política das redes de sociabilidade
baseadas na Internet - tais como aquelas abrigadas pelo Facebook ou Twitter -
tem despertado o interesse de diversos atores, analistas e cientistas sociais.
Um exemplo disto é a atenção que este tipo de media vem
despertando entre os políticos profissionais. Em 16 de outubro de 2013, o
ex-presidente Lula conclamava os seus seguidores no Facebook a atuar neste novo
espaço técnico da seguinte forma: “Vamos
utilizar essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso
projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões e
questionamentos”[3]. Comentando o livro de Manuel
Castells Redes de Indignação e Esperança, o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso analisava a importância da tecnologia na viabilização de
protestos na Islândia, Espanha e Egito: “Por trás desses protestos está o
cidadão comum informado e conectado pelas redes sociais e por toda sorte de
modernas tecnologias de informação”.[4]Dada a relevância evidente deste meio sociotécnico,
não admira que políticos profissionais passem a buscar o apoio de especialistas
em comunicação e em redes sociais para compreender e intervir nesse novo espaço
de sociabilidade. Recentemente, por exemplo, Dilma Rousseff convidou ao Palácio
do Planalto Jeferson Monteiro, o criador da personagem paródica Dilma
Bolada, de enorme popularidade nas redes sociais baseadas na Internet. Com
1,4 milhão de seguidores no Facebook e 26 mil no Twitter, a personagem de
Monteiro pode se dar ao luxo de obter espaço na agenda da Presidente da
República, precisamente no momento em que seu autor havia decidido descontinuar
as postagens envolvendo sua criação.
O forte prestígio
da personagem Dilma Bolada não pode, entretanto, ser avaliado apenas segundo os
critérios da elevada audiência que ela obteve. Em um contexto, como é o das
redes sociais on-line, onde todos os integrantes administram suas
próprias páginas – pessoais ou institucionais – e se colocam como produtores de
conteúdos, tanto quanto como consumidores e divulgadores, “o valor é cada vez
mais calculado através da abrangência atingida por replicações, replies,
menções, comentários, curtições e compartilhamentos de conteúdos”.
Diferentemente do poder que se manifesta pela somatória dos seguidores, a “abrangência
traduz o valor como a potência que consegue alcançar e o quanto pode mobilizar
uma comunicação no interior das timelines” (Malini & Antoun,
2013, p.216). Nas comunicações em rede, os formadores de opinião se distinguem
não pela contabilidade do número total de receptores, mas sim pelo cultivo da
participação ativa daqueles que recebem os conteúdos postados. Sob vários
aspectos, esse potencial dialógico é entendido como parte constitutiva da
própria dinâmica estabelecida neste tipo de rede social. Recentemente, a
propósito, os administradores do Facebook decidiram tomar medidas contra o que
identificam como chamadas fraudulentas, posts de aparência sedutora, iscas (clickbaits),
que, uma vez abertos, mostram conteúdo sem qualquer relação com as promessas
iniciais: [5] sob uma chamada em que figura o vídeo de um
terno animal de estimação, por exemplo, encontrar-se-ia uma propaganda
qualquer. A identificação da fraude é possível - e este é o ponto -
pela contabilização do tempo médio gasto por internauta ao abrir a chamada e
pela proporção do número de comentários e compartilhamentos que esses ensejam,
dada a quantidade total de acesso. A participação é sempre a atitude esperada.
Retomemos o ponto
com o qual abrimos este texto. Dada sua incontestável força política e social,
as mobilizações em rede também vêm ganhando uma atenção especial de um segmento
das ciências sociais (ver, por exemplo, Lecomte, 2013; Dobwor, 2013; Singer,
2013). No que pese a importância desses estudos, em geral, eles compartilham de
uma visão distanciada destes fenômenos, quer este afastamento seja garantido
por alguma perspectiva econômica, na qual o político, o social e o cultural
sempre parecem se subsumir, ou numa análise técnica que invariavelmente toma a
rede como um fato dado e mesmo comparável a outros tipos de redes, como aquelas
que podem ser percebidas entre insetos (a esse respeito, ver Ferreira e Fontes,
2014). Neste texto, por outro lado, procuramos recuperar um pouco dos conteúdos
emocionais que forjam os “laços” e os “nós” dessas redes sociais e técnicas.
Parece evidente que, a esse respeito, devemos partir de uma constatação
bastante difundida entre os estudiosos da tecnologia: os engajamentos
pelos quais se encadeiam as ações nas redes sociais on-line sãotecidos
pela interface entre seres humanos e máquinas. Os “pontos” que compõem a
intrigante topologia reticular dos movimentos coletivos via Internet “são
conectadas não por laços sociais per se, mas sim por vínculos
sócio-técnicos. Elas são unidas por conexões tão técnicas quanto sociais”
(Lash, 2001, p. 112). Daí decorre a desconcertante impressão de que “já não se
sabe ao certo se existem relações específicas o bastante para serem chamadas de
‘sociais’”, ao mesmo tempo em que “o social parece diluído por toda parte e por
nenhuma em particular”, como observa Latour (2012, p.19). Isso que parece um
truísmo, infelizmente, não se traduz em análises que deem conta dos dois polos
que compõem o fenômeno em questão.
Entendendo as
redes sociais baseadas na Internet como fenômeno socio-técnico, nossa abordagem
não está à procura de pontos de origem em algum dos componentes da interface
homem-máquina. Considera, antes, que trata-se de uma especial forma de relação
que atualmente muitos de nós estabelecemos com as tecnologias de informação e
comunicação, uma relação na qual somos autorizados e autorizamos, somos
habilitados e habilitamos, somos capacitados e capacitamos a agir de forma
imprevista (Latour, 2012). A partir dessa perspectiva, nossa intenção neste
pequeno texto é perceber como a emoção é um componente fundamental das próprias
dinâmicas sócio-técnicas – e, ao mesmo tempo, que a emoção encontra na
interface entre humanos e dispositivos os ingredientes fundamentais que
possibilitam e estimulam sua expressão. Tomaremos aqui o caso do Facebook como
objeto de nossa análise e argumentaremos que a emoção é ali uma pressuposição
do próprio dispositivo oferecido e, acreditamos, um dos motivos de seu enorme
sucesso, de seu incontestável apelo. Lançado em 2004, por Mark Zuckerberg, o
Facebook conta hoje com mais de 1 bilhão de
usuários ativos – que utilizam a rede social ao menos uma vez ao mês –, dos quais
mais de 60 milhões estão no Brasil.[6]
No que diz respeito
à mediação tecnológica do Facebook, é notável o fomento à composição de
coletivos de sociabilidade, considerando que esta é uma forma específica de
relação social que pode ser definida, com Simmel (1983), pela mutualidade no
cultivo do laço social per se, pela troca de conteúdos de cunho
pessoal, pelo aspecto lúdico das interações, pelo prazer recíproco da
sociação - embora finalidades instrumentais possam interferir neste processo,
elas não são condições de partida para os usuários do Facebook. Assim, o site oferece
um serviço que investe na sociabilidade entre seus frequentadores, na medida em
que incentiva algum tipo de reciprocidade na disponibilização de conteúdos
provenientes de suas vidas pessoais e promove interações em torno desses
conteúdos. O fato de a emoção ser um ingrediente e uma moeda de troca
importante em redes sociais como o Facebook – que nos faz pensar em uma espécie
de economia da dádiva em que laços são reforçados entre aqueles capazes de mostrar
uma sensibilidade afim - talvez possa ser apreciado em primeiro lugar pelo fato
de os laços que a compõem serem caracterizados como laços de “amizade”. Ainda
assim, não é incomum que essa reciprocidade seja rompida unilateralmente de
forma a preservar de alguma forma o laço. Isso ocorre, por exemplo, quando
deixamos de seguir um determinado amigo, ou deixamos de ser seguidos por ele,
por atitudes julgadas inconvenientes: postar exageradamente, por vezes sobre um
único assunto, mostrar opiniões ou valores considerados inadequados, etc. À
importância da continuidade deste “laço fraco”, o Facebook está atento: é
possível poupar um “amigo” ou “amiga” da triste verdade de que ele ou ela se
tornou um chato.
Para alguns, aquilo
que no Facebook “nós designamos convencionalmente pelo nome de ‘amizade’ é um
tipo de ligação inteiramente específica dos ambientes sociais da Web” (Casilli,
2010: 270). Isso significaria aceitar que, embora possua a
mesma nomeclatura de um vínculo social off-line, trata-se de
um tipo de laço que não existe senão nas dinâmicas típicas do mundo on-line.
Ao tratar de fenômenos técnicos desta natureza, todavia, é sempre importante
analisar a ambiguidade dos meios que estes dão lugar, o processo de
contaminação mútua que existe por exemplo entre dinâmicas off e on-line. Por
isso mesmo, é importante analisar o que comumente entendemos por amizade e
ver como esse valor é negociado nas redes sociais. Na língua inglesa “essa amizade assistida por computador toma o nome de friending.
O neologismo designa o ato de ‘amigar’ ou de ‘tornar-se amigo de’
alguém” (Casilli, 2010: 271). Não é de se admirar que essa forma de ligação
assuma o estatuto de uma ação, uma vez que abarca o movimento
voluntário e persistente de tecer e manter laçoson-line, sejam quais
forem as motivações dos indivíduos. O convite explícito para celebrar um laço
de amizade no mundo virtual – que só tem paralelo no universo infantil – dá bem
uma ideia de quão significativa é a ideia de ação neste âmbito. Esse exercício
de tornar-se amigo, invariavelmente, está condicionado às possibilidades e às
restrições dos sistemas informáticos.
A importância do
uso do termo amizade para o sucesso do Facebook está associado, de maneira
intuitiva, à ideia de que se trata de um ambiente onde sefica à vontade na
medida em que seus frequentadores são convidados a se assegurar da
qualidade dos laços que são ali formados. A sugestão é a de que estão todos
entre amigos, senão, entre amigos de amigos[7]. A escolha do nome amizade - em torno do qual
parecem se constituir as dinâmicas desta rede social - é sintomática da
possibilidade que certos laços sociais têm de ser mais fortes que outros.[8] Quando indagado sobre as vantagens de fazer
parte desta rede, não é incomum escutar de seus usuários que a possibilidade de
manter contato com pessoas distantes espacialmente ou com amigos antigos dos
quais se perdeu o contato estaria entre as mais atraentes. Assim, recursos
disponíveis nesta plataforma, tais como “cutucar” parecem reforçar a pretensão
de intimidade e emotividade sobre os quais os laços seriam fortalecidos.
Entretanto, além da postagem de conteúdos, acreditamos que as ações de
“curtir”, ou seja, de manifestar apreço, admiração, ou identidade com respeito
a um conteúdo, e de compartilhar esses mesmos conteúdos estejam entre as ações
que mais fortalecem os laços dentro da rede.[9]
É necessário aqui
afirmar que o processo de reconhecimento e obtenção de prestígio na rede são
fundamentais para que as próprias redes aumentem o número de seus nós. O
Facebook estimula essa atitude propondo recorrentemente novas amizades,
indicando amigos de amigos que talvez o internauta gostasse de incorporar à sua
rede de contatos, ou melhor, de amigos. O motivo aqui é simples: a frequência
das visitas, a intensidade das interações e seu alcance são os ingredientes a
partir dos quais o Facebook obtém retorno financeiro e se dispõe a manter sua
plataforma gratuita. Não é segredo que, nesse site, as ligações entre os
usuários são os valiosos produtos da sociabilidade. O que o indivíduo curte e
compartilha serve de base para que os algoritmos que orientam o Facebook possam
oferecer produtos, serviços, sob a forma de propaganda[10]. O que você gosta, aquilo com o que você se
identifica, que gostaria de compartilhar, são bases mediante as quais os
anunciantes do Facebook podem propor negócios, serviços. Ademais, uma base de
dados com informações tão valiosas acerca de gostos, preferências,
susceptibilidades afetivas, convicções políticas e morais tem valor financeiro
incalculável.
Não é de admirar
que um tom afetivo, por vezes mesmo acalorado, circule e se propague, em certas
ocasiões de modo furioso, nesta rede social. As opiniões, certezas associadas a
esses afetos passam a ser um elemento fundamental na consolidação de laços ou
em seu rompimento. Opiniões políticas intoleráveis podem ser objetos de avisos
do tipo: “lamento informar, mas todas as pessoas que comungam com o valor x, a
opinião y, que considero absurdas, serão excluídas, bloqueadas de minhas redes
de contatos”. Esse tipo de anúncio, algo impessoal, reestabelece a
diferença básica que existe entre amigo e contato. Além do ato de curtir ou
compartilhar, as mensagens que são trocadas quando alguém se sente
particularmente tocado por um conteúdo também são importantes no
estabelecimento desta dinâmica. Os selfies, ou fotos de situações da vida
cotidiana, postados recebem mensagens de incentivo ou expressão de afeto que
variam de uma sonora risada em internetês (“hahahaha!” ou “kakakakaka|,
carinhas sorridentes ou que distribuem beijos ou piscadelas, coraçõezinhos
rubros) são um recurso bastante difundido, mas também comentários como
“Linda!!!”, “Own!!”, “Adorei!”, “Que gato!” etc. etc. A própria plataforma
oferece um recurso inestimável na manifestação de afetos: o lembrete do dia do
aniversário de pessoas de sua rede de contatos, amigos. Há sempre ocasião para
mensagens inspiradas, poéticas e respostas comovidas.
A intensidade dos
afetos em rede é demonstrada sobretudo por ocasião da morte de celebridades, o
que sempre envolve demonstrações emocionadas de admiradores, gente que se
mostra “arrasada” diante do que consideram uma perda irreparável. “Choro desde
ontem pela morte desse gênio que foi Rob Williams”, “tanta gente ruim continua
vivo, por que Ariano Suassuna tinha de morrer?” A compartilha desses
sentimentos é algo fundamental à manutenção, intensificação, estreitamento dos
laços da rede. E, evidentemente, são passíveis de se tornar uma peça de
negociação política e social. A prematura morte de Eduardo Campos constituiu-se
em evento de delicada negociação de afetos no Facebook. Laços reforçaram-se,
romperam-se ou se esgarçaram a partir da sensibilidade demonstrada por cada um
em relação ao trágico evento: aqueles que se mostraram insensíveis à morte do
candidato à presidência da República suscitaram a revolta daqueles para quem a
oposição política não deveria ir tão longe. Estes, por seu turno, foram
acusados pelos primeiros de postura política inconsistente, quando era o caso
de serem seus adversários políticos, ou de acomodação. Rupturas de laços
ocorreram, independente de afinidades políticas recentes, com base em uma
impossibilidade de compartilha de um mesmo pathos.
Esse tipo de
comoção que se encadeia como um rastilho pelas redes sociais do Facebook traz
para o site importantes subsídios para conhecer seus usuários
e a maneira como eles se ligam uns aos outros através das trocas emotivas. O
contágio de emoções entre os usuários do serviço foi o tema de uma polêmica
pesquisa recentemente publicada. A polêmica se deu a partir da falta de
esclarecimento aos participantes da pesquisa quanto à participação deles no
experimento, que consistiu basicamente na manipulação, durante uma semana, dos
algorítimos que definem os conteúdos que aparecem no “feed” de notícias de cada
um dos 700 mil usuários que integraram a pesquisa sem, no entanto, terem sido
comunicados de que participariam. A manipulação do algoritmo se deu com base no
teor positivo ou negativo das emoções associadas aos conteúdos publicados nos
“feeds”, de modo que, durante a semana do experimento, metade deles recebeu
apenas publicações que envolvem emoções “negativas” e a outra metade teve
acesso exclusivamente ao que aparece vinculado a emoções “positivas”. Ao fim do
experimento, constatou-se, entre os usuários pesquisados uma tendência à
publicação e ao compartilhamento de conteúdos que vinculam emoções condizentes
com aquelas às quais eles tiveram acesso. Segundo os autores, os resultados do
experimento demonstram que “as
emoções expressas pelos outros no Facebook influenciam nossas próprias
emoções”. Eles consideram ter encontrado evidências de que essas influências
emocionais processam por “contágio em larga escala via redes sociais."
(Kramer et alii,
2014, p. 8789).
Considerando o forte potencial de mobilização
social que se dá através dos contágios emocionais nessas redes sócio-técnicas,
esperamos que esse texto se mostre contagiante e seja amplamente comentado, compartilhado
e curtido.
Nota: Todas as citações de frases
encontradas nos sites de redes sociais não são literais, mas sim aproximações
do que tem sido publicado nesses sites.
Referências bibliográficas
CASILLI, Antonio
A. Les liasons numériques: vers une nouvelle sociabilité?Paris:
Éditions Du Seuil, 2010.
CASTELLS, Manuel. Redes de Indignação e esperança: movimentos sociais na
era da internet. Rio de Janeiro:
Zahar, 2013.
DOBWOR, Monika; José SZWAKO.“Respeitável público... Performance e
organização dos movimentos antes dos protestos de 2013”. Novos Cadernos
CEBRAP, 2013 no. 97, novembro: 43-55.
FERREIRA, Jonatas e
Breno FONTES. “Ágora Eletrônica: algumas reflexões teórico-metodológicas”. Estudos de Sociologia, Vol. 14, no. 2. 2014. No prelo.
GRANOVETTER, Mark S. “The strengh of weak ties”. American Journal of
Sociology, 78 (6), 1973, pp. 1360-1380.
KRAMER, Adam T. I., GILLORY, Jamie E., HANCOCK, Jeffrey T. “Experimental
evidence of massive-scale emotional contagion through social networks”. PNAS,
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LASH, Scott. “Technological forms of life”. Theory, Culture and
Society. Vol. 18 (1), 2001.
LATOUR, Bruno. Reagregando o
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EDUFBA, Bauru: EDUSC, 2012.
LECOMTE, Romain. 2013.
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MALINI, Fábio &
ANTOUN, Henrique. A internet e a rua:
ciberativismo e mobilização nas redes sociais. Porto Alegre: Sulina, 2013.
SIMMEL, Georg. “Sociabilidade, um
exemplo de sociologia pura ou formal”, in: MORAES FILHO, Evaristo. (Org.). Georg
Simmel: sociologia. São Paulo, Ed. Ática, 1983.
SINGER, André. 2013. “Brasil, junho de 2013. Classes e ideologias
cruzadas”.Novos Estudos CEBRAP, novembro: 23-40.
[1] Professor associado
da UFPE.
[2] Doutora em Sociologia pela UFMG, professora do IEC-Puc Minas.
[3] Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/lula-convoca-petistas-a-usar-redes-sociais-ferramenta-fantastica,bf2fcd86093c1410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html. Acessado em
25/08/2014.
[4] Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/05/05/o-poder-em-tempo-de-facebook-por-fernando-henrique-cardoso-495544.asp. Acessado em
25/08/2014.
[5] Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/facebook-cortara-alcance-de-posts-com-chamadas-enganosas/43734; acessado em
28/08/2014.
[6] Estas informnações estão disponíveis
emhttp://tecnologia.uol.com.br/noticias/afp/2014/02/03/facebook-em-numeros.htm. Acesso em
27/08/2014.
[7] Sugestão falaciosa, como o podem
comprovar alguns escândalos de proporções nacionais e que teriam como base
conteúdos destinados a amigos da rede, ou seja, o caráter público da rede é
algo que é cotidianamente negligenciado.
[8] Sobre as noções de força e de
fraqueza dos laços em redes socias, ver o já clássico texto de Granovetter
(1973).
[9] Aqui é necessário que se diga que não
pretendemos reduzir a dinâmica social no âmbito do Facebook ao que a sua
arquitetura estimula – não se trata de um argumento behaviorista. Trata-se de
entender quais são os pressupostos técnicos dessa arquitetura, considerando que
algo como um “comportamento” neste espaço não nos interessa pelo simples motivo
que não podemos abstrair as qualidades reflexivas, humanas que, evidentemente,
impedem que “estimulo” corresponda a “comportamento”. Por isso mesmo, o que
aqui está envolvido são ações de reconhecimento do outro e de si mesmo naquilo
que é expresso ao outro, ações de atribuição e de busca de prestígio pelo que
se julga serem boas ideias, emoções virtuosas. Este mútuo reconhecimento,
fundado na emoção, como tivemos oportunidade de propor acima, pode ser
entendido como uma moeda de troca.
[10] http://youpix.virgula.uol.com.br/redes-sociais-2/nao-curtir-coisas-facebook-pode-ser-melhor-coisa-que-voce-vai-fazer-na-vida/
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