terça-feira, 13 de março de 2012

Wind of Change: o compasso dos ventos da mudança

A literatura, a arte, a música  não têm, de fato, fronteiras e nem barreiras linguísticas. Por vezes, conseguem expressar de forma leve temas para lá de duros, quando são tratados sob a ótica da ciência experimental-positivista.  Veja-se o caso da música Wind of Change (vento da mudança), do Grupo alemão Scorpions. Se é certo que ela foi uma espécie de hino quando da queda das burocracias do Leste Europeu, a verdade é que o seu significado, enquanto reflexão sobre a existência e mudança, coloca-se para além disto. Agora, estamos diante do encerramento, por decisão própria, das atividades do Grupo. Por quê? Diz o seu líder que é necessário saber o momento de se retirar. Mas, por músicas como Wind of Change, sabemos, permanecerão presentes. Abaixo, uma matéria com o líder do Grupo e um vídeo com 'o compasso dos ventos da mudança'. 

 




Líder dos Scorpions diz que banda chegou ‘ao limite’

David Mercado/ Reuters
Klaus Meine disse que “chegou o momento da reta final”
BERLIM – Os alemães do grupo Scorpions preferem pendurar as chuteiras antes de se transformarem em “uma caricatura” do que foram, razão pela qual a lendária banda de rock pesado decidiu embarcar em uma turnê mundial de despedida dos fãs, revelou o vocalista Klaus Meine à revista alemã Zeit Magazin.
“Para uma banda de rock pesado que sobe ao palco para cantar Bad Boys Running Wild(Garotos maus correndo selvagemente, em tradução livre) chegamos ao limite”, afirma o líder dos Scorpions, de 62 anos, em um antecipação da entrevista divulgada nesta quinta-feira, 05, pela revista.
Segundo Meine, a banda se recusa a se transformar em “uma caricatura” e teme que um dia algum de seus fãs pergunte: “Na sua época vocês eram uma banda genial, por que estão fazendo isso? Chegou o momento da reta final, enquanto este furacão ainda for um furacão e não cair na categoria de tempestade tropical”, desabafa Meine.
Além disso, o vocalista reconhece que na carreira dos Scorpions também houve momentos difíceis, porque “a tragédia e o triunfo sempre andam de mãos dadas”.
“Vivi o lado obscuro em 1982, quando arruinei totalmente minha voz. Simplesmente a perdi. Estávamos trabalhando no álbum Blackout, um título muito apropriado. A situação ficou crítica de verdade quando tive que me submeter a uma nova operação dois meses depois da primeira”, relembra. Segundo Meine, tudo parecia indicar que sua carreira “acabava ali”, mas o apoio de sua esposa Gabi e da banda inteira foi crucial para seguir adiante.
O vocalista lembra que quando disse ao guitarrista da banda, Rudolf Schenker, para procurarem um novo cantor, a reação do grupo foi “excepcional”: “Aconteça o que acontecer, te esperaremos”.
O álbum mais recente do grupo inclui uma música intitulada The Best Is Yet to Come (O melhor ainda está por vir, em tradução livre), um nome muito significativo nesta turnê mundial de despedida.
“Todo mundo entende o que queremos dizer com isso. Quando após tantos anos fecharmos o último capítulo dos Scorpions, abriremos uma nova página em nossas vidas e haverá novos desafios que enfrentaremos com alegria”, ressaltou.
A banda conquistou a fama mundial com canções como Wind of Change – número um nas paradas de sucessos de 11 países europeus -, inspirada nos eventos políticos dos finais dos anos 1980 e início de 1990 no Leste Europeu (...).
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