sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A poesia de Rogaciano Leite: crepúsculo, carne e alma

Se vivo fosse, o advogado e poeta pernambucano Rogaciano Leite, autor de Carne e Alma,  teria completado, em 2013, noventa e três anos. Por razões diversas, desde cedo, a minha formação literária teve uma conexão com a obra de Rogaciano. A meu ver, uma dimensão breve dela pode ser apreendida no poema Visões do Crepúsculo. Abaixo, um curto realce no mesmo.

Rogaciano Leite: poesia viva, carne e alma 
(...)
O vento se espanta 
na curva da estrada 
Ferindo o silêncio do campo esquisito 
E as nuvens se espanam com leques de seda
A concha solene 
do azul infinito 

(...)
Recolhem-se as cousas 
no leito da noite 
Gozando a quietude das horas amenas...
E a selva segreda sagrados segredos 
Às sombras sozinhas 
que sonham... serenas!

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