Se vivo fosse, o advogado e poeta pernambucano Rogaciano Leite, autor de Carne e Alma, teria completado, em 2013, noventa e três anos. Por razões diversas, desde cedo, a minha formação literária teve uma conexão com a obra de Rogaciano. A meu ver, uma dimensão breve dela pode ser apreendida no poema Visões do Crepúsculo. Abaixo, um curto realce no mesmo.
Rogaciano Leite: poesia viva, carne e alma |
(...)
O vento se espanta
na curva da estrada
Ferindo o silêncio do campo esquisito
E as nuvens se espanam com leques de seda
A concha solene
do azul infinito
(...)
Recolhem-se as cousas
no leito da noite
Gozando a quietude das horas amenas...
E a selva segreda sagrados segredos
Às sombras sozinhas
que sonham... serenas!
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