De José Eduardo Agualusa, em O Vendedor de Passados:
Nada passa, nada expira
O passado é
um rio que dorme
e a memória uma mentira
multiforme
Dormem do rio as águas
e em meu regaço dormem os dias
dormem
dormem as mágoas
as agonias
dormem
Nada passa, nada expira
O passado é
Um rio adormecido
Parece morto, mal respira
acorda-o e saltará
num alarido