Por Ivonaldo Leite
Tenho
recebido uma quantidade razoável de solicitações pedindo uma manifestação sobre
as eleições para a Direção do CCAE-UFPB. Antes de tudo, grato pela atenção, mas,
nem de longe, tenho a intenção de ser bússola para decisões que devem repousar
sobre a consciência individual de cada um.
Em
verdade, tenho-me mantido equidistante das lides da política universitária. Na
última eleição para Reitor da UFPB, fui o redator, no CCAE, do manifesto de apoio
à chapa vitoriosa, e também o seu primeiro subscritor (isto está aqui: https://groups.google.com/forum/#!topic/professorjoaomarcelo/jmJv11cnL6w). Contudo, desde que
deixei a Chefia do Departamento de Educação, as minhas prioridades têm sido
outras, dentre as quais a pesquisa. De resto, não interagi com o processo de
formação de nenhuma das chapas que estão concorrendo à Direção do Campus IV.
Nos
últimos dias, todavia, procurei me inteirar mais do processo eleitoral, até
porque não pretendo me omitir. E também para, em atenção às solicitações que me
têm sido dirigidas, expressar alguma manifestação pública sobre o pleito. Faço
isso a seguir, em forma de comentários eminentemente analíticos, ancorados no
que, penso eu, deve balizar a análise racional de qualquer fenômeno social,
como uma eleição. Daí entender que existem alguns pontos que são essenciais para uma chapa sagrar-se
vitoriosa no atual pleito para a Direção do CCAE. Dentre eles, destaco cinco:
1)
Originalidade e criatividade na formulação de propostas.
2)
Disposição para fazer as coisas acontecerem com agilidade no Centro, afirmando
a autonomia e os interesses acadêmicos do CCAE.
3) Postulação,
como alternativa colocada na disputa eleitoral, resultante de construção
genuína e dialogada; não artificial.
4) Abandono
do retrovisor; olhar para a frente e construir o futuro do CCAE.
5)
Demonstração de conhecimento das especificidades do Centro e do seu entorno.
A
equação do voto nos cinco pontos para a vitória – rápido ensaio do jogo das
variáveis: 1, 2, 4 e 5, articulados, têm forte poder de sensibilização sobre os
três segmentos (professores, servidores técnicos e estudantes); 3 chama a
atenção do conjunto dos segmentos, mas muito do corpo docente; em 2, a
agilidade é um item com significativo poder de influência sobre os servidores
técnicos (celeridade e condições de trabalho); a última parte de 5 é
fundamental para a assimilação entre os estudantes (demonstração de
conhecimento da realidade/origem deles).
Em
Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais,
o cientista social Antonio Lavareda deixa transparecer como a conquista do voto
e a construção das vitórias dependem mais de ‘variáveis articuladas’ e do
acionamento de dispositivos intra-simbólicos do que do modo mainstream de se formar chapas e fazer campanha. Os cinco
pontos anteriormente elencados, mutatis
mutandis, colocam-se nessa lógica. Desconsiderá-los significa não só andar
meio caminho em direção ao malogro na disputa, mas também não tomar devidamente
em conta o significado do momento eleitoral para o debate sobre o futuro do
CCAE. Em suma, os cinco pontos referidos são pontos para a vitória, para a
vitória de toda a comunidade que constitui o Campus IV.
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