sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Eleições CCAE-UFPB: Cinco pontos para a vitória

 

Por Ivonaldo Leite 

Tenho recebido uma quantidade razoável de solicitações pedindo uma manifestação sobre as eleições para a Direção do CCAE-UFPB. Antes de tudo, grato pela atenção, mas, nem de longe, tenho a intenção de ser bússola para decisões que devem repousar sobre a consciência individual de cada um.
Em verdade, tenho-me mantido equidistante das lides da política universitária. Na última eleição para Reitor da UFPB, fui o redator, no CCAE, do manifesto de apoio à chapa vitoriosa, e também o seu primeiro subscritor (isto está aqui: https://groups.google.com/forum/#!topic/professorjoaomarcelo/jmJv11cnL6w). Contudo, desde que deixei a Chefia do Departamento de Educação, as minhas prioridades têm sido outras, dentre as quais a pesquisa. De resto, não interagi com o processo de formação de nenhuma das chapas que estão concorrendo à Direção do Campus IV.
Nos últimos dias, todavia, procurei me inteirar mais do processo eleitoral, até porque não pretendo me omitir. E também para, em atenção às solicitações que me têm sido dirigidas, expressar alguma manifestação pública sobre o pleito. Faço isso a seguir, em forma de comentários eminentemente analíticos, ancorados no que, penso eu, deve balizar a análise racional de qualquer fenômeno social, como uma eleição. Daí entender que existem alguns  pontos que são essenciais para uma chapa sagrar-se vitoriosa no atual pleito para a Direção do CCAE. Dentre eles, destaco cinco:

1) Originalidade e criatividade na formulação de propostas.

2) Disposição para fazer as coisas acontecerem com agilidade no Centro, afirmando a autonomia e os interesses acadêmicos do CCAE.  

3) Postulação, como alternativa colocada na disputa eleitoral, resultante de construção genuína e dialogada; não artificial.  

4) Abandono do retrovisor; olhar para a frente e construir o futuro do CCAE.

5) Demonstração de conhecimento das especificidades do Centro e do seu entorno.

A equação do voto nos cinco pontos para a vitória – rápido ensaio do jogo das variáveis: 1, 2, 4 e 5, articulados, têm forte poder de sensibilização sobre os três segmentos (professores, servidores técnicos e estudantes); 3 chama a atenção do conjunto dos segmentos, mas muito do corpo docente; em 2, a agilidade é um item com significativo poder de influência sobre os servidores técnicos (celeridade e condições de trabalho); a última parte de 5 é fundamental para a assimilação entre os estudantes (demonstração de conhecimento da realidade/origem deles).
Em Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais, o cientista social Antonio Lavareda deixa transparecer como a conquista do voto e a construção das vitórias dependem mais de ‘variáveis articuladas’ e do acionamento de dispositivos intra-simbólicos do que do modo mainstream  de se formar chapas e fazer campanha. Os cinco pontos anteriormente elencados, mutatis mutandis, colocam-se nessa lógica. Desconsiderá-los significa não só andar meio caminho em direção ao malogro na disputa, mas também não tomar devidamente em conta o significado do momento eleitoral para o debate sobre o futuro do CCAE. Em suma, os cinco pontos referidos são pontos para a vitória, para a vitória de toda a comunidade que constitui o Campus IV.        


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