Johann Wolfgang von Goethe, pensador alemão e figura de proa do movimento romântico, disse certa vez: "Se me perguntares como é a gente daqui, responder-te-ei: como em toda parte. A espécie humana é de uma desoladora uniformidade; a sua maioria trabalha durante a maior parte do tempo para ganhar a vida, e, se algumas hora lhe ficam, horas tão preciosas, são-lhe de tal forma pesadas que busca todos os meios para as ver passar. Triste destino o da humanidade". Pois bem, o trabalho intelectual, estou convencido, em seu sentido profundo e verdadeiro, como já sublinhou Ricardo Antunes, vem a ser um momento de contraposição à desoladora uniformidade referida por Goethe. Contraposição tão necessária quando consideramos - voltando novamente a Goethe - que vivemos numa época em que tudo parece "seguir o seu rumo habitual, como em situações extremas, nas quais tudo está em jogo, e a vida continua como se nada acontecesse". Com esta prosa, trago a lume aqui um texto, sob o chancela da sociologia do trabalho, resultante de uma pesquisa que levei a cabo sobre o labor na construção civil da cidade de Mossoró, há já algum tempo (contando com a valiosa colaboração da então bolsista Priscila Gláucia), na estimada Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). O relatório final da investigação foi ficando "empoeirado", com as minhas mudanças, mas agora se apresenta em forma de ensaio publicado na Revista Espaço Acadêmico - aqui: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/16286/9579
Nenhum comentário:
Postar um comentário